5 mitos e verdades sobre como o celular afeta a saúde
Algumas histórias sobre os efeitos do celular circulam pelas redes. Descubra se elas são verdadeiras ou só mais um caso de fake news.
Se os cães ainda podem ser considerados os melhores amigos do homem, os celular entram na disputa pelo segundo lugar. Apesar de serem considerado até indispensáveis hoje em dia, esses aparelhos podem atingir a saúde de diversas maneiras.
Problemas de visão e postura, piora da ansiedade e dificuldades para dormir são alguns exemplos. Porém, nem tudo que circula pela internet é verdade. Confira se alguns desses efeitos são reais ou apenas mitos:
1) Causa câncer?
Não há evidências. O mais recente estudo a respeito, feito na Austrália com dados de 34 mil cidadãos, sinaliza que a radiação do aparelho não é capaz de causar tumor no cérebro.
2) Afeta os testículos?
Melhor os homens não deixarem o celular sempre no bolso da frente. Existem indícios de que o aumento da temperatura e a radiação podem impactar na qualidade dos espermatozoides.
3) Envelhece a pele?
Sim! A presença de alguns minerais como níquel e cromo e a luz azul emitida pelo aparelho parecem contribuir com rugas e manchas. Mais um motivo para passar protetor solar.
4) Afeta aprendizado?
Pesquisa inglesa com 125 mil crianças e adolescentes detectou que o uso do aparelho no período noturno atrapalha o sono, compromete a memória e prejudica o desempenho na escola.
5) Dá dor de cabeça?
Não há dados conclusivos. Mas um estudo dinamarquês observou que celulares podem aumentar em 20% o risco de uma enxaqueca, caso já haja propensão às crises.
Postura
Passar muito tempo ao celular, lendo e respondendo mensagens com o pescoço curvado, causa dor na cervical? Segundo Kenneth Hansraj, do Centro Médico de Cirurgia Espinhal e Reabilitação de Nova York (EUA), a resposta é sim. Ele constatou que, quanto maior o ângulo de curvatura do pescoço, pior: se o ângulo é de 15 graus (cabeça mais ereta), a carga sobre a cervical é de 12 quilos; se passar a 60 graus (cabeça abaixada), chega a 27 quilos.
“Quem fica tempo demais nessa posição sobrecarrega a coluna e tem dor no pescoço por fadiga muscular”, explica o médico Edson Pudles, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Já o fisioterapeuta Ney Meziat Filho, do Centro Universitário Augusto Motta, no Rio de Janeiro, tem dados diferentes. “Não vimos associação entre a postura do usuário ao digitar no celular e a frequência de dor no pescoço”, conta o autor de um estudo de grande repercussão com 150 jovens. O professor vai continuar a investigação com um número maior de voluntários, que serão avaliados por até dois anos.
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